O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a realização de um exame toxicológico no sargento acusado de matar a esposa em uma clínica médica de Santos. A defesa alega que a vítima teria administrado um calmante sem o conhecimento dele, o que poderia influenciar seu estado no momento do crime. Mensagens trocadas entre a vítima e uma amiga indicam que ela havia comentado sobre medicar o companheiro, mas o objetivo do exame é verificar se há vestígios da substância no organismo do acusado.
O crime ocorreu em maio, quando o militar atirou na esposa e na filha do casal, de 10 anos, antes de esfaquear a mulher, que morreu no local. A criança sobreviveu após ficar internada por seis dias. Durante as investigações, surgiram relatos de que a vítima vinha sofrendo agressões físicas e psicológicas, com ameaças recentes de morte. Mensagens mostram que ela chegou a pedir ajuda a uma amiga minutos antes do ataque, solicitando que a polícia fosse acionada.
O laudo necroscópico confirmou que a morte foi causada por hemorragia interna decorrente dos ferimentos. O acusado está preso e aguarda reconstituição do crime. A defesa afirmou que só se manifestará após a conclusão das investigações, enquanto a Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar a conduta dos agentes que atenderam a ocorrência. O caso reacende discussões sobre violência doméstica e a eficácia de medidas protetivas.