O ex-procurador do INSS Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho, afastado a pedido da Polícia Federal, alegou em recurso ao Tribunal de Contas da União (TCU) que a trava a empréstimos consignados, determinada após auditoria, prejudicaria idosos e pessoas de baixa instrução. O argumento foi apresentado formalmente para evitar o bloqueio de descontos em folha de aposentados e pensionistas do órgão.
Em seu recurso, Virgilio afirmou que, embora o desbloqueio possa ser feito digitalmente, o perfil da maioria dos beneficiários – idosos e pessoas com dificuldade de acesso a tecnologia – levaria ao aumento de filas nas agências. A medida foi contestada após auditoria do TCU identificar irregularidades na concessão desses empréstimos.
O ex-procurador, que atuava na Procuradoria Federal Especializada do INSS, foi afastado do cargo a pedido da PF, que investiga supostas irregularidades em sua atuação. O caso reacende o debate sobre a proteção de beneficiários vulneráveis versus o controle de operações financeiras no âmbito da previdência social.