O Tribunal Distrital de Sodertorn condenou nesta terça-feira (17.jun.2025) Bella Nilsson, ex-presidente da empresa de gestão de resíduos Think Pink, a seis anos de prisão por crimes ambientais. Nilsson, que se autodenominava ‘Rainha do Lixo’, foi considerada culpada de 19 acusações de ‘crime ambiental agravado’ pelo despejo ilegal de 200 mil toneladas de resíduos tóxicos. O caso, considerado o maior julgamento ambiental da história sueca, resultou em um veredicto de 692 páginas, com outras nove pessoas condenadas por participação no esquema que operou entre 2015 e 2020.
A Think Pink despejou materiais tóxicos em 21 locais diferentes na região de Estocolmo sem o processamento adequado, liberando compostos perigosos como chumbo, mercúrio e arsênio no meio ambiente. O juiz Niklas Schullerqvist afirmou que as atividades da empresa representaram ‘riscos substanciais’ para a saúde humana e o ecossistema. Além das penas de prisão, as cinco figuras centrais do caso foram condenadas a pagar 260 milhões de coroas suecas em indenizações pelos custos de limpeza.
Nilsson, que agora utiliza o nome Fariba Vancor, defendeu-se alegando que a empresa ‘seguiu a lei’ e que eventuais irregularidades ocorreram ‘por engano’. Seu advogado, Jan Tibbling, classificou a sentença como ‘inesperada’ e não descartou a possibilidade de recurso. Entre os condenados estão um consultor ambiental, um ‘corretor de resíduos’, o ex-marido de Nilsson e cinco proprietários de terras. Apenas um dos 11 indiciados foi absolvido: um empreendedor que atuou principalmente em marketing.