O ex-ministro da Fazenda criticou o aumento dos gastos do governo, mas reconheceu que, diante do orçamento limitado, não haveria alternativa senão elevar alíquotas de impostos como o IOF, medida adotada pelo atual titular da pasta. Ele destacou que as despesas obrigatórias, como previdência e salários de servidores, consomem a maior parte do orçamento, deixando pouco espaço para cortes sem prejudicar serviços essenciais.
Durante evento do Monitor do Mercado, o ex-ministro alertou que o limite para reduzir gastos discricionários está se esgotando, citando como exemplo a recente liberação de recursos para universidades que enfrentavam falta de verba para custos básicos. Segundo ele, o governo está “segurando” cortes, mas a situação se tornará insustentável, pois serviços públicos podem ficar sem financiamento.
Com base nas projeções da lei de diretrizes orçamentárias, ele afirmou que o esgotamento total dos recursos ocorrerá em 2027, caracterizando uma crise fiscal inevitável se nada for feito. “Tem um encontro marcado com a crise”, ressaltou, defendendo a necessidade de reformas para evitar o colapso financeiro. A situação, segundo ele, exigirá medidas além do atual modelo de contenção de despesas.