A ex-ministra das Relações Exteriores da Alemanha foi eleita nesta segunda-feira (2) para presidir a 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU. A votação, realizada de forma incomum a pedido da Rússia, contou com 167 votos a seu favor, enquanto 14 países se abstiveram e 7 optaram por outra candidata. A eleição, que normalmente ocorre por aclamação, foi marcada por divergências diplomáticas, com críticas públicas de representantes russos à candidatura.
Originalmente, a Alemanha havia indicado outra diplomata para o cargo, mas mudou de posição em março, optando pela ex-ministra. A decisão gerou descontentamento, especialmente por parte da Rússia, que acusou a mudança de desrespeito aos processos da organização. Apesar das controvérsias, a eleita destacou em seu discurso a importância do diálogo e da cooperação entre os Estados-membros em um momento de incertezas globais.
A nova presidente assumirá o cargo em setembro, substituindo o camaronês Philémon Yang. Em sua primeira declaração após a eleição, ela prometeu manter portas abertas para o diálogo e reforçou o papel da ONU em superar desafios internacionais. A sessão ocorre em um ano emblemático, marcando os 80 anos da criação das Nações Unidas.