A professora Genevieve L. Wojcik, epidemiologista da Universidade Johns Hopkins, publicou um artigo na revista Nature alertando sobre o retorno de ideias eugenistas baseadas em pseudociências raciais. O estudo, divulgado esta semana, destaca como teorias que defendem diferenças biológicas entre raças estão sendo usadas para justificar supremacia racial e propostas de ‘melhorias’ genéticas.
Segundo a pesquisadora, o movimento eugenista, que surgiu no século XIX com o objetivo de promover seleção humana através de critérios discriminatórios, está sendo revestido de roupagem pseudocientífica. Wojcik enfatiza que teses sem embasamento genético real estão sendo instrumentalizadas para defender hierarquias sociais baseadas em raça.
A especialista conclama a comunidade científica a combater ativamente essas narrativas, que podem levar a políticas perigosas e exclusão social. Ela lembra que a genética moderna comprova a unidade biológica da espécie humana, desmontando os argumentos racistas por trás da eugenia contemporânea.