Os Estados Unidos se opuseram a uma declaração contundente do G7 que condenaria a Rússia pela situação na Ucrânia durante a cúpula do grupo, encerrada nesta terça-feira (17) em Kananaskis, Canadá. O tema era um dos principais da reunião anual das maiores democracias industrializadas, realizada nas Montanhas Rochosas canadenses.
Segundo um funcionário canadense que falou sob condição de anonimato, os EUA pressionaram para diluir o teor da declaração sobre o conflito ucraniano. ‘Não haverá declaração separada porque os americanos queriam suavizá-la’, revelou a fonte. A posição norte-americana contrasta com o tom mais enérgico adotado por outros membros do grupo.
O impasse reflete as divergências entre os aliados sobre como lidar com a crise na Ucrânia, que completa oito anos desde o início dos confrontos. A reunião do G7, que reúne Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Reino Unido e Japão, ocorreu em meio a crescentes tensões geopolíticas globais, com a guerra na Ucrânia como principal ponto de discussão.