Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, identificaram que pessoas nascidas mais recentemente têm menor probabilidade de desenvolver demência na mesma idade em comparação com gerações anteriores. O estudo, publicado em junho de 2025, analisou dados de 62.437 idosos com 70 anos ou mais, coletados em diferentes períodos nos Estados Unidos, Inglaterra e partes da Europa. A tendência foi mais acentuada entre as mulheres, segundo a metanálise que abrangeu quase três décadas.
Os cientistas dividiram os dados em grupos por geração e faixa etária, confirmando um padrão consistente: a prevalência de demência é menor nas gerações mais recentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2021, cerca de 57 milhões de pessoas viviam com demência no mundo, sendo as mulheres as mais afetadas. A doença foi classificada como a sétima principal causa de morte global em 2023, com impacto econômico de US$ 1,3 trilhão em 2019, podendo chegar a US$ 2,8 trilhões até 2030.
O estudo destaca que a redução nos casos de demência está alinhada com a melhoria geral da saúde da população ao longo do último século, refletida no aumento da expectativa de vida. Diferentemente de pesquisas anteriores, que se concentravam em dados a partir de 2010, esta análise considerou tendências específicas por geração, oferecendo uma perspectiva mais ampla sobre o tema.