Um estudo recente conduzido por Gabriela Küster, especialista em inteligência de mercado da Similarweb, revelou que o tráfego gerado por inteligências artificiais, principalmente o ChatGPT, não resultou em mudanças significativas no volume de acessos a sites de diferentes categorias na internet. Apesar da expectativa de que a adesão às IAs generativas afetaria substancialmente o tráfego online, os dados coletados nos últimos cinco anos indicam que a maioria dos acessos permanece concentrada em setores de computação e tecnologia. O estudo destaca que, entre os cinco principais players de IA, o ChatGPT se destacou, responsável por impressionantes 86% do tráfego total, sugerindo uma dominância no mercado que merece análise mais profunda.
A pesquisa aponta que a audiência do ChatGPT é diversificada, abrangendo uma ampla gama de interesses, mas a concentração de tráfego em tecnologia e computação é notável, com quase 50% das interações. Este fenômeno levanta questões sobre a evolução do consumo de conteúdo na internet e os possíveis efeitos sobre outras indústrias. Por exemplo, enquanto a mídia e notícias representam apenas 8,25% do tráfego gerado, isso pode refletir uma mudança no comportamento dos usuários em busca de informação mais direta e interativa. Especialistas, como Küster, sugerem que essa dinâmica pode forçar setores tradicionais a repensarem suas estratégias de engajamento e conteúdo, potencializando uma transformação no marketing digital e na forma como as plataformas competem por atenção.
O futuro das interações online será, sem dúvida, influenciado por esse novo cenário, onde a dominância de ferramentas como o ChatGPT pode redefinir não apenas a experiência do usuário, mas também o próprio ecossistema digital. A crescente dependência de IAs na busca por informações pode levar a um desvio ainda maior dos usuários em relação a sites tradicionais, impactando a forma como as empresas abordam a coleta de dados e a publicidade. Em um contexto onde a inovação tecnológica avança rapidamente, é vital que stakeholders de diversas indústrias se preparem para uma adaptação contínua, refletindo sobre como essas mudanças moldarão o futuro da comunicação e do consumo de informação na era digital.