Novos cálculos divulgados nesta segunda-feira (2) indicam que a probabilidade de a Via Láctea colidir com a galáxia de Andrômeda nos próximos 10 bilhões de anos caiu para cerca de 50%. Anteriormente, estimava-se que o choque ocorreria em 4,5 bilhões de anos, mas simulações recentes sugerem que o fenômeno pode ser adiado ou até mesmo evitado. A pesquisa, publicada na revista *Nature Astronomy*, utilizou mais de 100.000 simulações computacionais baseadas em dados de telescópios espaciais, como o Gaia e o Hubble.
De acordo com o estudo, é “extremamente improvável” que as duas galáxias se fundam nos próximos 5 bilhões de anos. Em vez disso, o cenário mais provável é que elas passem relativamente próximas, a uma distância de cerca de 500.000 anos-luz. Apenas em metade das simulações realizadas, a matéria escura acabou por aproximar as galáxias de forma definitiva, um evento que, se ocorrer, só aconteceria em aproximadamente 8 bilhões de anos — muito depois do Sol ter se transformado em uma anã branca.
Os pesquisadores destacam que o destino da Via Láctea ainda está “completamente em aberto”, já que as novas observações consideraram a influência de galáxias satélites não incluídas em estudos anteriores. Embora a colisão possa eventualmente destruir nossa galáxia, também há a possibilidade de que Via Láctea e Andrômeda orbitem uma à outra por dezenas de bilhões de anos. Dados mais precisos, obtidos por telescópios como o Gaia e o Hubble, podem trazer respostas definitivas na próxima década.