Apesar da forte entrada de capital estrangeiro na B3 nos últimos doze meses, atingindo R$ 22,1 bilhões em saldo líquido, os investidores locais devem manter a cautela, segundo análise divulgada pela XP Investimentos. O cenário contrasta com a saída de R$ 21,5 bilhões por parte de investidores institucionais, levantando dúvidas sobre a continuidade do fluxo externo. Além disso, o dólar acima de R$ 5,70 e as incertezas fiscais e globais reforçam a necessidade de atenção, já que a moeda segue como termômetro do mercado doméstico.
Junho deve ser encarado como um mês de “reset” para os investidores, como se o ano estivesse recomeçando, diante dos desafios fiscais e da desaceleração econômica global. Setores como commodities enfrentam pressão devido às preocupações com recessão e redução nas estimativas de lucro. A agenda da semana inclui decisões importantes, como a reunião do Banco Central Europeu e pronunciamentos do Federal Reserve, que podem aumentar a volatilidade nos mercados.
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China, assim como as incertezas sobre a política monetária americana, continuam a gerar instabilidade. Apesar de alívios pontuais, como a suspensão temporária de tarifas, as disputas devem persistir até decisões judiciais definitivas. O cenário externo turbulento e as pressões políticas internas nos EUA mantêm os investidores em alerta, reforçando a necessidade de estratégias cautelosas no curto prazo.