O Rio Tietê, em Salto (SP), foi novamente coberto por uma espuma branca e tóxica nesta segunda-feira (2), conforme registros de moradores no Parque das Lavras. A substância, composta por resíduos de detergentes, sabão em pó e outros poluentes, é resultado do despejo de materiais sem tratamento adequado na água. Especialistas alertam que a cidade recebe grande parte das 600 toneladas de poluição diárias lançadas por 34 municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
O problema se agrava em Salto devido às quedas d’água e corredeiras, que concentram ainda mais a espuma no rio. O tempo seco também contribui para que o material persista por mais tempo na superfície. Na terça-feira (27), a situação já havia sido observada por moradores e turistas, levando a prefeitura a orientar a população a evitar contato com a água contaminada.
Apesar dos esforços de fiscalização, que resultaram em 56 infrações ambientais e multas de R$ 200 mil no último mês, a poluição no Tietê continua a ser um desafio. A espuma tóxica não apenas prejudica o meio ambiente, mas também representa riscos à saúde pública, reforçando a necessidade de medidas mais eficazes para combater a degradação do rio.