O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, deixou o cargo após um escândalo de fraudes no INSS, revelando um ‘verdadeiro desmonte’ no instituto responsável por pagar 40 milhões de benefícios. O caso, que veio à tona nesta semana, já é considerado por ministros do STF como mais prejudicial ao governo Lula do que a recente polêmica sobre as regras do Pix.
Segundo avaliação de magistrados do Supremo Tribunal Federal, o escândalo no INSS teve impacto mais negativo na imagem do governo federal do que a campanha de desinformação sobre as mudanças no Pix. A Corte monitora o caso de perto, pois entende que, dependendo dos desdobramentos, ele pode chegar ao STF. Um investigador ouvido pela reportagem classificou a situação como ‘grave descontrole’ na gestão dos benefícios.
Para um magistrado que acompanha o caso, os fatos demonstram que houve permissividade do governo em relação a irregularidades no INSS, órgão estratégico para a Previdência Social. O episódio levanta questionamentos sobre os mecanismos de controle e fiscalização do instituto, que administra um dos maiores orçamentos da União.