As urnas fecharam às 20h no horário local (08h em Brasília) nesta terça-feira (3) na Coreia do Sul, encerrando a votação para escolha do novo presidente. A eleição ocorre seis meses após o ex-presidente Yoon Suk Yeol declarar lei marcial, mergulhando o país em uma crise política. Pesquisas de boca de urna indicam vitória do candidato de centro-esquerda Lee Jae-myung, com 50,6% dos votos, contra 39,4% do ex-ministro Kim Mon-soo.
O novo presidente assumirá imediatamente um país que enfrenta desafios como as tarifas comerciais dos EUA, uma das menores taxas de natalidade do mundo e a crescente ameaça da Coreia do Norte. A crise política começou em dezembro, quando Yoon declarou lei marcial por algumas horas e enviou tropas à Assembleia Nacional, dominada pela oposição. O episódio levou ao seu impeachment e destituição pelo Tribunal Constitucional.
A eleição registrou alta participação, com 62,1% do eleitorado votando até o meio-dia, segundo a Comissão Nacional de Eleições. Analistas afirmam que o pleito foi visto como um referendo sobre o governo anterior. Eleitores como Park Dong-shin, 79, declararam votar para ‘fazer um novo país’, criticando a lei marcial como um retrocesso aos tempos da ditadura.