Um egípcio residente no Brasil desde 2018 está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Comando Vermelho. O mesmo indivíduo já havia sido incluído em uma lista do FBI em 2019, acusado de conexões com terrorismo, mas negou as alegações e foi retirado da lista após se apresentar às autoridades brasileiras. Na época, seu advogado afirmou que ele era perseguido politicamente no Egito e vivia legalmente no Brasil como empresário.
Agora, o caso ganhou novo desdobramento, com a polícia fluminense apontando o investigado como figura relevante em um sistema financeiro informal associado à facção criminosa. A operação que o incluiu nas investigações recentes visava desarticular um esquema que reinvestia recursos ilícitos em armas, drogas e expansão territorial do grupo em comunidades do Rio.
As acusações anteriores, relacionadas ao terrorismo, foram contestadas pelo próprio investigado, que declarou à imprensa em 2019 não ter qualquer vínculo com organizações extremistas. Seus representantes legais reiteraram que ele buscava refúgio no Brasil devido a perseguições políticas em seu país de origem. A reportagem tentou contato com a defesa para obter um posicionamento sobre as novas investigações.