A Ucrânia utilizou drones FPV (First Person View), originalmente desenvolvidos para fins civis, em uma ofensiva bem-sucedida contra bases aéreas russas. Esses equipamentos, que custam menos de R$ 3 mil, foram adaptados para carregar ogivas explosivas e desempenharam um papel crucial na operação Teia de Aranha, que destruiu 41 aeronaves estratégicas, incluindo bombardeiros e aviões de vigilância. Sua agilidade, baixo custo e dificuldade de detecção por radares os tornaram uma alternativa eficaz a armamentos convencionais.
Os drones FPV são operados por controle remoto com visão em tempo real, permitindo manobras precisas até o alvo. Modelos como o “Baba Yaga” podem transportar até 15 kg de explosivos e estão equipados com câmeras térmicas para operações noturnas. Na operação recente, 117 drones foram empregados, causando prejuízos estimados em mais de US$ 7 bilhões às forças adversárias, segundo fontes ucranianas.
A escolha por essa tecnologia se deve à facilidade de produção em larga escala e à capacidade de infiltração em território inimigo sem exigir infraestrutura complexa. Diferentemente de mísseis tradicionais, os drones FPV podem ser transportados clandestinamente e lançados a milhares de quilômetros da linha de frente. Essa estratégia tem redefinido táticas militares, demonstrando como equipamentos acessíveis podem ter impacto significativo em conflitos modernos.