Pesquisadores denunciam o descaso com o Domo de Araguainha, maior cratera da América do Sul, localizada na divisa entre Mato Grosso e Goiás. O sítio geológico, formado há 245 milhões de anos pelo impacto de um asteroide de 4 km de diâmetro, apresenta restos de animais mortos e falta de infraestrutura básica, como sinalização. Reconhecido pela UNESCO como um dos principais geossítios do planeta em 2022, o local carece de ações de preservação.
Especialistas alertam que o abandono do Domo de Araguainha, considerado um tesouro geológico, compromete seu potencial científico, turístico e educacional. Eles defendem a criação de um parque geológico no local para garantir a conservação da área, que possui relevância internacional. A cratera, com 40 km de diâmetro, é a maior do continente e uma das mais importantes do mundo em estudos sobre impactos de meteoros.
Além da falta de estrutura, os pesquisadores relatam que o local sofre com a ausência de fiscalização e políticas públicas eficientes. O Domo de Araguainha, que poderia se tornar um polo de turismo científico e geológico, enfrenta desafios como a degradação ambiental e o desconhecimento por parte da população e autoridades. A comunidade científica cobra medidas urgentes para proteger este patrimônio natural único no país.