O dólar encerrou esta terça-feira, 17, em alta de 0,20%, cotado a R$ 5,4968, após superar pontualmente a marca de R$ 5,50. O movimento ocorreu em meio ao fortalecimento da moeda americana no exterior, impulsionado por temores de um possível envolvimento direto dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã. Declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, na rede social Truth Social, sobre o controle dos céus no Irã e menções ao líder supremo iraniano, Ali Khamenei, aumentaram a aversão ao risco entre investidores.
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas, atingiu patamar acima de 98,800 pontos, enquanto o petróleo fechou com alta de quase 5%. No Brasil, o real apresentou perdas menores que outras moedas emergentes, como o peso mexicano, sustentado pela expectativa de possível aumento da taxa Selic pelo Banco Central nesta semana. Das 48 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 27 projetam manutenção da taxa em 14,75%, enquanto 21 esperam alta de 0,25 ponto percentual.
Nos EUA, o Federal Reserve deve manter a taxa básica entre 4,25% e 4,50% em sua reunião desta quarta-feira, com expectativa de cortes apenas a partir de setembro. Economistas destacam que a apreciação do real em 2025 está ligada à depreciação global do dólar e ao fluxo de capitais especulativos, que podem pressionar a taxa de câmbio para próximo de R$ 5,40 caso não haja endurecimento monetário ou escalada no conflito no Oriente Médio.