O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (23) em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,5032, após ter se aproximado de R$ 5,55 pela manhã. A moeda norte-americana perdeu força ao longo do dia, acumulando uma desvalorização de 3,78% em junho. A principal razão para a baixa foi a diminuição da percepção de risco nos mercados globais, que beneficiou o real. No mesmo dia, ataques do Irã a bases dos Estados Unidos no Catar e no Iraque causaram um breve desconforto, mas a rápida recuperação dos ativos de risco indicou que Teerã não busca um confronto mais amplo. As cotações do petróleo também foram impactadas, com o Brent para setembro recuando 6,67%, fechando a US$ 70,52.
A queda do dólar e do petróleo está diretamente relacionada à avaliação de que a ofensiva iraniana foi limitada, sinalizando uma possível contenção das tensões no Oriente Médio. O temor inicial de bloqueio do estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20% da produção global de petróleo, foi reduzido, aliviando os mercados. Segundo analistas, a aversão ao risco no início do dia refletia o medo de um agravamento do conflito, após os Estados Unidos atacarem três instalações nucleares no Irã no final de semana. No entanto, a ausência de uma escalada imediata nos conflitos trouxe um alívio temporário aos investidores, conforme relatou uma fonte do mercado financeiro.
As implicações futuras deste cenário ainda são incertas, mas a tendência de curto prazo aponta para um alívio nos mercados de câmbio e commodities. Especialistas alertam que, apesar da atual calmaria, o Oriente Médio continua sendo uma região volátil, com potencial para novas tensões. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, registrou uma leve queda, indicando uma confiança renovada nos ativos de risco. Os próximos passos dependerão das ações diplomáticas entre EUA e Irã, e de como os mercados globais irão reagir a qualquer novo desenvolvimento. Este panorama deixa investidores atentos e cautelosos, ponderando sobre o equilíbrio entre risco e retorno em suas estratégias.