O dólar fechou em queda de 0,40% nesta segunda-feira (23 de junho de 2025), cotado a R$ 5,503, refletindo o impacto imediato do ataque dos Estados Unidos ao Irã no último fim de semana. Este é o primeiro pregão da moeda no Brasil desde a ação militar norte-americana, que também afetou o mercado de petróleo. O barril do tipo brent, por exemplo, registrou uma queda de 6,9%, sendo cotado a US$ 70,3 nos contratos futuros de setembro. Estes movimentos no mercado financeiro são um reflexo direto da instabilidade geopolítica envolvendo o estreito de Ormuz, uma via crucial para o transporte de petróleo global.
O ataque dos Estados Unidos, liderado por seis bombardeiros B-2, teve como alvo as estruturas nucleares do Irã, incluindo a base de Fordow, uma instalação altamente protegida. Segundo o presidente Donald Trump, a operação militar visava neutralizar a capacidade nuclear iraniana, uma questão de segurança para Washington e seus aliados. Entretanto, a resposta do Irã foi imediata; no domingo, seu Parlamento aprovou o fechamento do estreito de Ormuz, uma decisão que ameaça restringir o fluxo de até 30% do petróleo mundial. Essa medida provocou preocupações globais sobre o potencial aumento nos preços da energia e a estabilidade econômica regional.
No cenário futuro, as implicações desse conflito podem ser vastas e prolongadas, afetando tanto a economia quanto a segurança internacional. Especialistas sugerem que a escalada de tensões pode levar a uma reconfiguração das alianças políticas no Oriente Médio, com impactos diretos nas relações comerciais globais. Além disso, a restrição no estreito de Ormuz poderá intensificar os esforços de países importadores de energia para buscar fontes alternativas. Com o mercado atento a novos desenvolvimentos, a comunidade internacional observa cautelosamente, debatendo possíveis soluções diplomáticas para evitar uma crise econômica mais abrangente.