O dólar teve queda de quase 1,50% nesta quinta-feira (8) e fechou abaixo de R$ 5,70, após dois pregões em alta. A moeda norte-americana recuou diante do aumento do apetite por ativos de risco, incluindo divisas emergentes, impulsionado por sinais de alívio nas tensões comerciais globais. Os mercados reagiram positivamente ao anúncio de um acordo tarifário entre EUA e Reino Unido, além de gestos conciliatórios do presidente Donald Trump em relação à China.
O real destacou-se como uma das moedas com melhor desempenho entre as principais divisas líquidas, superado apenas pelo peso argentino. O movimento ocorreu após a decisão do Copom de elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% na quarta-feira (7), com indicações de manutenção da política monetária restritiva por tempo prolongado. A medida reforçou o atrativo dos ativos brasileiros.
A valorização do real reflete tanto o cenário externo favorável quanto fatores domésticos, como a credibilidade da política econômica. Analistas destacam que a combinação entre juros altos e perspectiva de estabilidade fiscal tem atraído fluxos de capitais para o país, mesmo em um contexto global volátil. O mercado segue atento aos desdobramentos das negociações comerciais internacionais e aos próximos passos do Banco Central brasileiro.