O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (8) em queda de 1,49%, cotado a R$ 5,69, retornando abaixo da barreira psicológica de R$ 5,70 após dois pregões. A moeda americana recuou frente ao real em meio a um cenário de maior apetite por ativos de risco, impulsionado por sinais de distensão na guerra comercial global, incluindo anúncios de acordo tarifário entre EUA e Reino Unido e gestos conciliatórios do presidente Donald Trump em relação à China.
O real liderou as valorizações entre as moedas emergentes mais líquidas (exceto o peso argentino), beneficiado pela decisão do Copom de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% na véspera, e pelo compromisso declarado de manter a política monetária restritiva por tempo prolongado. Analistas destacam que o movimento reforça a atratividade dos ativos brasileiros em um momento de melhora no cenário externo.
O desempenho da moeda brasileira reflete tanto o ambiente externo favorável quanto fatores domésticos, como a manutenção do ciclo de alta de juros pelo BC e a perspectiva de continuidade das reformas econômicas. O mercado também monitora o fluxo comercial, com exportadores aproveitando os patamares elevados da divisa para realizar hedge, o que contribui para a pressão baixista.