Um líder partidário na Câmara dos Deputados entregou à Polícia Federal mais de 600 documentos que, segundo ele, evidenciam tentativas de deslegitimar o sistema judiciário brasileiro e interferir em processos judiciais envolvendo um ex-presidente. Entre as alegações estão crimes como obstrução de justiça e ataques ao Estado Democrático de Direito, com destaque para articulações internacionais que teriam como alvo instituições como o STF. O parlamentar afirmou que tais ações representam uma continuidade de movimentos antidemocráticos, citando encontros com autoridades estrangeiras e declarações públicas que configurariam uma “depredação simbólica” das instituições nacionais.
O caso também levantou preocupações sobre possíveis crises diplomáticas, especialmente com os Estados Unidos, caso propostas de sanções contra autoridades brasileiras avancem no Congresso norte-americano. O líder partidário destacou a necessidade de uma resposta firme do governo brasileiro para proteger a soberania nacional, sugerindo medidas como a suspensão de passaportes diplomáticos e o monitoramento de recursos financeiros suspeitos. Há ainda um pedido formal para o bloqueio de bens ligados ao ex-presidente, sob a justificativa de que valores arrecadados poderiam estar financiando atividades no exterior contra o Judiciário.
Além disso, o depoimento citou declarações públicas que, segundo o parlamentar, reforçariam uma narrativa de desestabilização institucional, incluindo menções a apoio de potências estrangeiras para alterar o sistema político brasileiro. O material entregue à PF deve ser analisado pela Procuradoria-Geral da República, com possíveis medidas cautelares em breve. O partido envolvido cobra ações imediatas para evitar o agravamento da situação, tanto no âmbito jurídico quanto nas relações internacionais.