O dólar atingiu uma mínima intradia ante o real, cotado a R$ 5,6105, com queda de 0,45%, influenciado pela criação de apenas 37 mil empregos no setor privado dos Estados Unidos em maio — número bem abaixo das expectativas do mercado. A pressão sobre a moeda americana também reflete declarações de autoridades sobre a necessidade de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), em meio a incertezas fiscais e tarifárias no país.
Além disso, o dólar enfrenta desvalorização global frente a moedas fortes e emergentes, impulsionado pela alta do minério de ferro na China e por indicadores positivos de serviços na zona do euro e no Reino Unido. No Brasil, o Tesouro Nacional planeja vender títulos em dólares no exterior, enquanto o Banco Central realiza leilões cambiais de até US$ 1 bilhão.
No cenário internacional, as tarifas impostas pelos EUA a importações de aço e alumínio continuam impactando a precificação da moeda americana. Enquanto isso, autoridades europeias afirmam que as negociações comerciais com os EUA estão progredindo. No mercado interno, o Comitê de Estabilidade Financeira do BC avalia que a política macroprudencial neutra permanece adequada, mesmo com o aumento dos juros e do endividamento.