A diversificação internacional é uma forma de gestão de risco e análise de investimento, segundo Isabella Nunes, diretora executiva da JPMorgan Asset Management. Ela destacou, durante o painel ‘Diversificação Global: Como Proteger e Rentabilizar seu Portfólio em Cenários Voláteis’, no Fin4She Summit, que o investidor brasileiro médio concentra cerca de 99% de seu portfólio no Brasil, mesmo sendo consumidores globais. Nunes questionou se essa abordagem faz sentido diante da realidade econômica mundial.
Para ilustrar sua argumentação, Nunes citou o conceito ‘3, 2, 1’: o Brasil representa 3% do PIB global, 2% da renda fixa global e apenas 1% da renda variável global. Ela também mencionou que os primeiros meses de 2025 já registraram movimentos de diversificação em portfólios globais, com fluxos direcionados a regiões como Europa, Japão e China, embora os EUA ainda dominem cerca de 70% dos portfólios de ações globais.
A diretora ainda apontou uma tendência de desvalorização do dólar frente a moedas de mercados desenvolvidos. Segundo ela, embora a volatilidade no mercado financeiro seja uma realidade, a diversificação internacional pode ser uma estratégia eficaz para proteger e rentabilizar investimentos em cenários incertos.