A nomeação do desembargador Carlos Brandão para uma das vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo presidente Lula frustrou as expectativas de um grupo político em Alagoas, que articulava a indicação de uma promotora para o cargo. A situação redefiniu alianças no estado, especialmente entre o prefeito de Maceió e o presidente da Câmara, que não apoiou a candidatura da promotora. A segunda vaga no STJ ainda está em disputa, com outro nome sendo apadrinhado por um líder do Senado, aumentando a concorrência.
O desentendimento entre o prefeito e o presidente da Câmara marcou o fim de uma aliança política que já mostrava sinais de desgaste devido a futuras disputas eleitorais. Enquanto isso, figuras influentes do estado buscam fortalecer a candidatura da promotora junto ao governo federal, argumentando que o prefeito de Maceió representa a única capital do Nordeste sob comando da oposição. O cenário político local, tradicionalmente dividido entre famílias influentes, está em movimento.
O prefeito de Maceió avalia migrar para um partido da base governista, sinalizando maior alinhamento com o governo Lula. Essa mudança poderia fortalecer a campanha presidencial em 2026 e abrir espaço para outras candidaturas no estado. Enquanto isso, a definição da segunda vaga no STJ ainda aguarda decisão do presidente, que deve anunciá-la após retornar de uma viagem internacional.