Dezessete nações, incluindo o Japão, anunciaram a retirada de restrições à importação de carne de aves do Brasil, conforme informou o Ministério da Agricultura nesta terça-feira. Entre os países que revogaram as barreiras estão Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã. Essa decisão ocorre após a autodeclaração do Brasil como livre da gripe aviária, com um período de observação de 28 dias sem novos casos. A medida abre novas oportunidades para o setor avícola brasileiro, que é o maior exportador mundial de carne de frango, e terá um impacto significativo no comércio internacional de aves.
A decisão de retirar as restrições se baseia na avaliação da situação sanitária do Brasil, que enfrentou um surto de gripe aviária em Montenegro (RS) no mês passado. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a rápida resposta do país ao surto, incluindo o controle efetivo e a vigilância rigorosa, foi crucial para restaurar a confiança dos parceiros comerciais. As consequências dessa ação são visíveis, pois o Brasil poderá recuperar sua posição dominante no mercado global, afetando diretamente a economia local e nacional. Especialistas ressaltam que a reabertura de mercados é um sinal positivo para a indústria avícola, que busca se estabilizar após os desafios recentes enfrentados no cenário sanitário.
Com a retirada das restrições, o Brasil se posiciona para expandir suas exportações de carne de aves, refletindo uma tendência crescente de recuperação econômica no setor. As autoridades esperam que as vendas externas aumentem significativamente nos próximos meses, o que pode influenciar positivamente os preços internos e a renda dos produtores locais. Além disso, a situação revela um padrão mais amplo de interdependência global nas cadeias de suprimento de alimentos, levantando questões sobre a segurança alimentar e a resiliência das economias diante de crises sanitárias. À medida que o Brasil avança nesta nova fase, o setor avícola deve permanecer vigilante e proativo na manutenção de padrões de saúde e segurança, garantindo que a confiança dos consumidores e parceiros comerciais continue a se fortalecer.