O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) promoveu uma reunião crucial nesta segunda-feira (23) em Goiânia para tratar da regularização do estacionamento nas proximidades das feiras. O encontro reuniu feirantes e órgãos de trânsito, discutindo a criação de uma área rotativa para desembarque e a implementação de vagas exclusivas para feirantes cadastrados, utilizando cartões especiais de estacionamento. Esta iniciativa visa mitigar as dificuldades enfrentadas por cerca de 18 mil profissionais, que têm relatado um aumento nas autuações de estacionamento irregular, afetando negativamente suas atividades diárias e o fluxo de clientes.
Durante o encontro, uma comissão foi formada para avaliar as propostas apresentadas e desenvolver novas soluções, que serão discutidas na próxima semana. O presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, enfatizou que, embora a gestão de estacionamento seja uma responsabilidade municipal, o Detran-GO está comprometido em colaborar para encontrar uma solução definitiva. Segundo Manoel Rodrigues, representante dos trabalhadores da Feira Hippie, as multas e a remoção de veículos dos clientes têm afastado o público, prejudicando o comércio local. Essa problemática não só afeta a economia dos feirantes, como também compromete a vitalidade das feiras, que são parte essencial da cultura local.
O futuro das feiras em Goiânia depende de soluções eficazes que consigam equilibrar as necessidades dos feirantes com as regulamentações de trânsito. A implementação de áreas específicas para estacionamento e desembarque pode servir como um modelo para outras cidades enfrentando desafios semelhantes. À medida que as propostas avançam, será crucial monitorar o impacto dessas mudanças na dinâmica econômica local e na satisfação dos consumidores. A busca por um consenso entre todas as partes envolvidas poderá resultar em políticas mais inclusivas e sustentáveis, garantindo que as feiras continuem a ser um ponto de encontro vibrante e acessível para a comunidade. Este caso levanta questões sobre a importância de políticas urbanas que considerem as particularidades dos mercados populares e a necessidade de uma abordagem colaborativa na gestão urbana.