Os descontos ilegais em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS, iniciados em 2016, atingiram R$ 2,8 bilhões em 2024, segundo dados apurados. O valor representa um aumento expressivo em relação aos R$ 413 milhões desviados no primeiro ano do esquema, com picos de R$ 1,2 bilhão em 2023 e o recorde atual.
As irregularidades coincidem com o período pós-extinção do imposto sindical obrigatório em 2017, levantando hipóteses sobre a possível migração de fontes de financiamento de entidades sindicais. Especialistas apontam que a ausência de fiscalização robusta no INSS facilitou a ação continuada dos criminosos.
O Ministério da Previdência informou que investiga as denúncias em conjunto com a Polícia Federal, mas não detalhou medidas concretas para ressarcimento dos segurados. Parlamentares cobram a criação de uma CPI para apurar responsabilidades, enquanto associações de aposentados organizam protestos contra os prejuízos.