Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (3), o coordenador do Fórum Parlamentar do BRICS defendeu uma abordagem menos ideológica e mais pragmática para lidar com questões que afetam a soberania e o desenvolvimento dos países do bloco. Entre os temas discutidos está a redução da dependência do dólar no comércio internacional, motivada por sanções impostas a nações do Sul Global. O parlamentar também criticou a política externa de uma grande potência, acusando-a de promover o medo em vez de uma liderança global mais equilibrada.
O debate incluiu ainda a necessidade de avanços legislativos, com destaque para o papel das mulheres e a troca de experiências entre os países membros. O Brasil foi citado como um exemplo positivo em flexibilizar normas em nações com culturas mais rígidas. Além disso, o parlamentar destacou a importância de aprender com os avanços tecnológicos de outros membros do BRICS, especialmente no campo da inteligência artificial, buscando regulamentações que equilibrem inovação e segurança.
O Fórum Parlamentar do BRICS deve elaborar um documento com propostas para uma governança global mais inclusiva e sustentável. Os temas prioritários incluem cooperação em saúde, comércio, mudanças climáticas e a regulamentação de tecnologias emergentes. O objetivo é fortalecer a posição do bloco diante de desafios internacionais, promovendo maior autonomia e colaboração entre os países membros.