As 24 deputadas estaduais de São Paulo responderam a uma ameaça coletiva de estupro recebida na última sexta-feira (31.mai). Em nota conjunta intitulada “Não seremos silenciadas”, anunciaram medidas judiciais contra o autor da mensagem, que já foi identificado pela Polícia Civil como um homem de 28 anos. Equipamentos eletrônicos do suspeito foram apreendidos, mas seu nome não foi divulgado pelas autoridades.
A mensagem, de teor extremamente violento, mencionava explicitamente a intenção de atacar as parlamentares, com linguagem direcionada especialmente a deputadas negras e defensoras de direitos de pessoas com deficiência. Segundo relatos, este é o primeiro caso em que todas as mulheres da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram alvo de ameaças simultâneas, destacando a gravidade do episódio.
Autoridades e parlamentares classificaram o ocorrido como um exemplo de violência política de gênero, estratégia usada para intimidar mulheres em posições de poder. A secretária da Mulher do governo estadual também condenou o caso, reforçando que ações como essa não serão toleradas. Atualmente, as mulheres ocupam pouco mais de um quarto das cadeiras na Alesp, o maior parlamento estadual do país.