Uma deputada federal anunciou sua saída do Brasil nesta terça-feira, 3, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. Em declarações anteriores, ela afirmou que “não sobreviveria na cadeia” devido a problemas de saúde, mas garantiu que se apresentaria caso a prisão fosse decretada. A parlamentar também mencionou que seguiria a decisão judicial, mesmo considerando-a injusta, e que apresentaria documentos médicos para solicitar prisão domiciliar.
A deputada alegou que viajaria à Europa para tratamento médico, mas posteriormente informou que pediria licença não remunerada do cargo e passaria a residir no continente. Segundo ela, pretende atuar no fortalecimento de grupos políticos locais, em linha com ações semelhantes realizadas por outros parlamentares no exterior. A condenação está relacionada a um ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), investigação na qual foi acusada de participar da emissão de uma ordem de prisão falsa.
Após o anúncio da viagem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao STF a prisão preventiva da parlamentar. Outros parlamentares também pediram medidas para impedir sua saída do país, incluindo a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol. A deputada ainda responde a outra investigação no STF por um episódio ocorrido antes das eleições de 2022.