Uma deputada federal anunciou nesta terça-feira (03) que se mudou para a Europa e solicitará licença não remunerada do cargo na Câmara dos Deputados. Ela afirmou que deixou o Brasil inicialmente para tratamento médico, mas decidiu se estabelecer no continente europeu. A decisão ocorre cerca de 20 dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) tê-la condenado a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A parlamentar declarou que seu gabinete será ocupado pelo suplente e que permanecerá fora do país durante esse período, aproveitando sua cidadania europeia. Ela não especificou quanto tempo ficará no exterior nem o país escolhido para residência. A cidadania italiana impede sua deportação, mesmo diante da condenação no Brasil, já que países europeus raramente extraditam seus nacionais.
Embora tenha deixado o país, a deputada garantiu que continuará recorrendo ao STF contra a condenação e lutando para manter seu mandato. Em nota, ela negou estar abandonando o Brasil, afirmando que a mudança é uma forma de resistência diante do cenário político atual. O caso lembra o de outro parlamentar que também deixou o país e solicitou licença não remunerada recentemente.
