Mais de 150 empresas norte-americanas anunciaram demissões em massa para julho, superando os cortes realizados em maio, segundo dados do WARNTracker.com. Setores como varejo, farmacêutico, tecnologia, saúde e manufatura estão entre os mais afetados, com empresas de grande porte, como FedEx, Pfizer e Kaiser Permanente, reduzindo seus quadros. As demissões variam de pequenos ajustes a reestruturações significativas, seguindo a Lei WARN, que exige notificação prévia aos trabalhadores.
Especialistas ouvidos pela Newsweek destacam que os cortes não são necessariamente um sinal de crise econômica, mas sim uma estratégia para maximizar lucros e aumentar a eficiência operacional. Alex Beene, da Universidade do Tennessee, explica que seguradoras de saúde e agências governamentais estão enxugando custos devido ao aumento de despesas médicas e mudanças administrativas. Enquanto isso, James Hohman, do Centro Mackinac, ressalta que a economia dos EUA continua crescendo, mas com disparidades entre setores, como serviços pagando mais que a indústria.
A expectativa é que as demissões continuem nos próximos meses, embora a decisão do governo de adiar tarifas sobre importações da União Europeia possa aliviar a pressão em alguns segmentos. A lista de empresas afetadas inclui desde redes de farmácias até fabricantes de veículos e instituições de ensino, indicando um cenário amplo de ajustes. O movimento reflete uma tendência de realocação de recursos em meio a mudanças estruturais e pressões financeiras em diversos ramos da economia.