A Companhia Energética de Roraima (CERR) anunciou a exoneração de 196 servidores, incluindo concursados, comissionados e menores aprendizes, conforme publicado no Diário Oficial do Estado na última segunda-feira (23). A decisão, assinada pelo liquidante João Alfredo de Sousa Cruz, decorre de uma recomendação do Ministério Público de Roraima (MPRR) e do processo de liquidação da empresa, que perdeu sua concessão em 2017. Este evento marca um ponto crítico para os funcionários e gera preocupações sobre a estabilidade empregatícia na região, passando agora para uma análise mais profunda das causas e implicações dessa vasta demissão.
A exoneração foi motivada por diversas razões estruturais e legais, incluindo a perda da concessão para fornecer energia elétrica, tornando muitas das funções na CERR desnecessárias. Segundo o MPRR, essa medida era essencial para a conclusão do processo de extinção da companhia, previsto para terminar no dia 30 de junho. Além disso, a CERR levou em consideração uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, apresentada pelo governador Antonio Denarium, que questiona a legalidade de uma lei estadual de 2022 sobre a redistribuição dos servidores. A decisão impacta diretamente a vida de 150 servidores públicos, 27 comissionados e 13 menores aprendizes, evidenciando uma crise no setor público de energia do estado.
As implicações a longo prazo desta demissão em massa são amplas, afetando não apenas os indivíduos diretamente envolvidos, mas também a prestação de serviços públicos em Roraima. A perda de emprego em tal escala sugere desafios significativos na absorção desses profissionais pelo mercado de trabalho local, em meio a uma economia já fragilizada. Prevê-se que o debate sobre a gestão de empresas públicas e a proteção aos servidores públicos ganhará mais destaque nas discussões políticas e sociais do estado. Este caso também levanta questões pertinentes sobre a eficácia das políticas de privatização e a responsabilidade governamental na gestão de crises corporativas.