O déficit fiscal dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recuou para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, conforme relatório bienal sobre governança pública global divulgado nesta quinta-feira (19). Apesar da melhora em relação ao déficit de 7,5% registrado em 2021, o patamar atual ainda supera a média pré-pandemia de 2,9%.
O documento aponta que seis nações membros da OCDE encerraram 2023 com superávit fiscal, ante apenas quatro em 2021. No entanto, a maioria (31 países) permaneceu em situação deficitária. A organização atribui parte da redução ao menor volume de gastos governamentais, que passaram de 48,3% para 42,6% do PIB no período.
Segundo a OCDE, a diminuição das despesas públicas reflete o encerramento dos programas de estímulo econômico criados durante a pandemia. Apesar da trajetória de recuperação, o relatório alerta que os níveis atuais ainda demandam ajustes fiscais para retornar aos padrões históricos da organização.