A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de acareação com Mauro Cid na ação que investiga a tentativa de golpe de Estado. Os advogados alegam contradições nos depoimentos, especialmente sobre uma reunião em 2022 na casa de Braga Netto, onde Cid afirmou ter discutido o plano ‘Punhal Verde e Amarelo’ e recebido dinheiro para financiar ações antidemocráticas. O ex-ministro nega as acusações, classificando o encontro como uma ‘cortesia’.
Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro por suspeita de obstrução de Justiça, negou ter repassado qualquer quantia a Cid ou ter contato com empresários do agronegócio para fins ilícitos. A defesa também solicitou acesso a depoimentos e provas de outros réus do caso, argumentando que a separação por núcleos pode prejudicar o direito de defesa, e pediu mais 30 dias para analisar o material da Polícia Federal.
Em paralelo, a defesa de Mauro Cid apresentou pedidos semelhantes, incluindo prorrogação de prazo e acesso a documentos da Abin e da Seopi-DF para contestar acusações de envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Os advogados citam depoimentos que indicam falta de previsão de atos violentos pelos órgãos de inteligência. Os pedidos serão analisados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.