A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (16) para anular a delação premiada de Mauro Cid na ação que apura a tentativa de golpe de Estado, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Os advogados alegam que Cid mentiu em depoimento e violou o sigilo do acordo de colaboração, citando como prova mensagens reveladas pela revista Veja. Caso a anulação não seja acolhida, a defesa solicitou que o STF solicite à Meta dados detalhados de um perfil no Instagram supostamente usado por Cid para vazar informações.
Os advogados também pediram a reabertura do prazo para novas diligências apenas após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), de Mauro Cid e da Meta. Além disso, reiteraram o pedido de acesso integral às provas obtidas em quebras de sigilo telemático, incluindo dados em nuvem e comunicações digitais dos investigados.
Na sexta-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para a Meta fornecer informações sobre dois perfis supostamente vinculados a Mauro Cid. A defesa do militar classificou a informação como ‘falsidade grotesca’. Moraes determinou a preservação de todos os arquivos digitais relacionados aos perfis e a entrega de dados cadastrais, mensagens e acessos. Os advogados de Cid solicitaram a abertura de investigação para apurar a verdadeira autoria dos perfis.