Durante um evento em Paris, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) destacou a importância do julgamento sobre a responsabilização de plataformas digitais, sugerindo que a decisão pode servir como modelo para a regulamentação global das redes sociais. O caso, que será retomado nesta quarta-feira, analisa a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define quando as plataformas são obrigadas a remover conteúdo. O ministro argumentou que a regulamentação não viola a liberdade de expressão, mas exige diálogo e avanços no tema.
O julgamento discute se as plataformas devem remover conteúdo apenas por decisão judicial ou se uma notificação do usuário ofendido seria suficiente. Até o momento, dois ministros votaram pela inconstitucionalidade do artigo, defendendo maior agilidade na remoção de publicações. Outros, no entanto, argumentam que a retirada de conteúdo sem ordem judicial pode comprometer a liberdade de expressão, especialmente em casos de crimes contra a honra.
A decisão do STF será provisória até que o Congresso Nacional estabeleça novas regras para as redes sociais no Brasil. O resultado pode influenciar outros países que buscam equilibrar a liberdade de expressão com a proteção de direitos individuais. A expectativa é que o Brasil possa liderar uma discussão global sobre a regulamentação eficaz e equilibrada das plataformas digitais.