O primeiro bloco do debate entre os candidatos à presidência do PT (Partido dos Trabalhadores) destacou o isolamento do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante interações, os demais candidatos trocaram piadas, excluindo Edinho, que permaneceu sério. O deputado Rui Falcão (PT-SP), favorito de alas mais à esquerda, surge como principal concorrente.
O debate, realizado na sede do partido em Brasília, contou com mediação de Gleide Andrade, secretária nacional de Finanças e Planejamento do PT, e abertura do senador Humberto Costa (PT-CE). Dividido em três rodadas, os candidatos apresentaram propostas, responderam perguntas e fizeram considerações finais. Romênio Pereira, um dos fundadores do PT, criticou alianças a qualquer custo, enquanto Valter Pomar questionou o rumo ideológico do partido.
Edinho Silva, candidato pela corrente majoritária CNB, defendeu ampliar alianças sem perder a identidade partidária. Rui Falcão, por sua vez, alertou contra a despolarização e defendeu reconectar o PT à base social. A eleição direta está marcada para 6 de julho, com possível segundo turno em 20 do mesmo mês. A disputa reflete tensões internas, especialmente sobre o controle de áreas estratégicas como finanças e comunicação.