O primeiro bloco do debate entre os pré-candidatos à presidência do PT destacou o isolamento de um dos postulantes, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o evento, realizado na sede do partido em Brasília, observou-se que o candidato foi excluído de interações entre os demais participantes, permanecendo sério enquanto os outros trocavam brincadeiras. A disputa interna reflete uma polarização dentro da legenda, com alas divergentes sobre a condução do partido.
O processo eleitoral do PT, marcado para julho, contou com quatro candidatos, que apresentaram propostas em três rodadas de discussão. Entre os temas abordados, destacaram-se críticas a alianças políticas, posicionamentos sobre questões internacionais e a defesa de pautas históricas do partido. Um dos concorrentes, ligado a setores mais à esquerda, criticou o que chamou de “despolarização” do PT, enquanto outro enfatizou a necessidade de fortalecer a base social.
A eleição ocorre em meio a tensões internas pelo controle de áreas estratégicas do partido, como finanças e comunicação. O atual presidente interino do PT, alinhado a grupos que resistem ao candidato apoiado por Lula, mediou o debate. O pleito definirá não apenas a nova liderança, mas também os rumos do partido diante dos desafios políticos dos próximos anos.