O primeiro debate entre os candidatos à presidência do PT destacou divergências sobre os rumos do partido e do governo atual. O favorito na disputa, apoiado pelo presidente, foi alvo de críticas por parte de adversários que defendem uma guinada à esquerda na gestão. Entre os temas discutidos estiveram a política econômica, as altas taxas de juros e a relação com o Centrão, com alguns participantes argumentando que mudanças são necessárias para fortalecer o partido nas próximas eleições.
A preocupação com o avanço da direita e a perda de conexão com a base eleitoral também marcaram o debate. Alguns candidatos criticaram o distanciamento do governo de regiões menos centrais e a falta de diálogo com a população. Além disso, houve questionamentos sobre a condução de pastas como a Defesa e a Fazenda, com pedidos para que o PT retome bandeiras históricas, como a reforma agrária, e se aproxime da juventude.
O debate, embora sem confrontos acirrados, evidenciou as divisões internas do PT sobre como corrigir a trajetória do governo diante dos desafios políticos e econômicos. As eleições para a presidência do partido, marcadas para julho, definirão não apenas a liderança da sigla, mas também a estratégia para 2026, quando o PT buscará manter-se no poder sem a figura do atual presidente como candidato.