O governo holandês está à beira de uma crise política após a saída do Partido da Liberdade da coalizão governista, devido a divergências sobre políticas migratórias. O primeiro-ministro anunciou que seu gabinete se ofereceu para renunciar, mas permanecerá em funções provisórias enquanto explora alternativas para evitar eleições antecipadas. A migração tem sido um tema central no país, impulsionado por desafios como a crise habitacional e o aumento do custo de vida.
Os partidos restantes da coalizão tentarão negociar novas alianças ou formar um governo minoritário antes de considerar uma nova votação. O Partido da Liberdade, que venceu as últimas eleições, defende medidas mais duras contra a imigração, incluindo restrições ao asilo e à reunificação familiar. No entanto, suas propostas foram rejeitadas pelos parceiros de coalizão, levando ao impasse político.
Analistas acreditam que um governo provisório pode manter a estabilidade econômica do país, sem grandes impactos no mercado financeiro. Enquanto isso, pesquisas indicam que o Partido da Liberdade recuperou parte de seu apoio após anunciar um novo plano migratório. A crise reflete um cenário político polarizado, com a extrema-direita ganhando força na Europa, mas enfrentando resistência de partidos tradicionais.