O Brasil foi premiado como o primeiro “País Criativo do Ano” no Festival Cannes Lions 2025, destacando sua capacidade de transformar adversidades em inovação. A mistura cultural, a resiliência do povo e a fusão entre tradição e tecnologia foram apontadas como pilares dessa criatividade. Exemplos como a bioeconomia amazônica, o uso de biotecnologia na agricultura e soluções sustentáveis mostram como o país une ancestralidade e modernidade para enfrentar desafios globais.
No entanto, a desigualdade social e a exclusão ainda limitam o potencial criativo nacional. Com 28 milhões de brasileiros na pobreza e barreiras como racismo e falta de acesso à educação, talentos são perdidos nas periferias e comunidades tradicionais. A série “Adolescência” ilustra como ambientes hostis sufocam a inovação, enquanto escolas e mercados fechados a minorias impedem o florescimento de ideias transformadoras.
O texto defende que a verdadeira criatividade exige democracia cotidiana, com políticas públicas inclusivas, educação de qualidade e oportunidades para todos. Se o Brasil já brilha internacionalmente mesmo com suas contradições, imagine o que poderia alcançar com justiça social. O desafio é derrubar os muros da exclusão para que a inventividade não seja privilégio, mas um direito coletivo capaz de revolucionar biomas, culturas e economias.