O consumo de cigarros eletrônicos, proibidos no Brasil desde 2009, registrou um aumento de 600% nos últimos seis anos, atingindo quase 3 milhões de usuários entre 18 e 64 anos. Dados do IBGE revelam que um em cada seis jovens de 13 a 17 anos já experimentou o dispositivo, enquanto 70% dos consumidores têm entre 15 e 24 anos. Apesar da proibição mantida pela Anvisa em 2023, o debate sobre a regulamentação ganha força, com argumentos que vão desde a redução de danos até os riscos à saúde, especialmente para jovens.
Especialistas alertam que os cigarros eletrônicos, muitas vezes vistos como alternativa menos nociva, podem ser porta de entrada para o tabagismo tradicional e apresentam substâncias tóxicas, incluindo nicotina sintética. Relatos como o de uma ex-usuária que desenvolveu câncer de pulmão após anos de uso destacam os perigos. A Anvisa reforça que não há evidências científicas de que o dispositivo ajuda a parar de fumar, apontando ainda seu apelo entre adolescentes devido à ausência de cheiro e fumaça visível.
O programa *Caminhos da Reportagem*, da TV Brasil, discute o tema em uma edição especial, abordando desde o impacto na saúde pública até os interesses da indústria do tabaco. Enquanto projetos de lei buscam regulamentar a venda e importação de vapes, médicos e organizações de saúde defendem a manutenção da proibição, reforçando os danos pulmonares e o potencial viciante. A exibição ocorre nesta segunda-feira (2), às 23h, com disponibilidade posterior no site e aplicativo da emissora.