O mercado de produtos falsificados no Brasil tem se expandido e sofisticado, envolvendo desde itens de luxo, como roupas e acessórios, até artigos do cotidiano, como alimentos e medicamentos. Facções criminosas e milícias têm aproveitado a facilidade de venda em plataformas digitais para ampliar sua atuação, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores. Autoridades alertam que produtos ilegais, como azeite e café adulterados, muitas vezes não passam por controles de qualidade e podem conter substâncias perigosas.
Além dos riscos à saúde, a falsificação causa prejuízos econômicos significativos, com perdas estimadas em R$ 367 bilhões em 2024 para setores como vestuário, bebidas e combustíveis. A evasão fiscal e a ausência de regulamentação permitem que esses produtos sejam vendidos a preços baixos, mas com qualidade inferior e, em muitos casos, utilizando mão de obra precária. Órgãos de defesa do consumidor destacam a importância de evitar compras no mercado ilegal e fornecem orientações para identificar produtos originais.
Para proteger-se, os consumidores devem verificar selos de autenticidade, embalagens íntegras e informações de fabricação, além de preferir estabelecimentos confiáveis. Denúncias podem ser feitas a órgãos como Procon e Vigilância Sanitária, que realizam operações contra falsificações. Recentemente, apreensões incluíram desde sabão em pó até medicamentos, evidenciando a diversidade de itens adulterados no mercado. A conscientização e a colaboração da população são essenciais para combater esse problema.