Em Belém, os ateliês de costura estão em plena atividade para atender à demanda por trajes típicos das festas juninas. Rosimeire Reimão, costureira com 25 anos de experiência no bairro do Telégrafo, relata que seu faturamento aumenta cerca de 30% nessa época. Com agenda lotada desde abril, ela já produziu mais de 60 peças, principalmente para escolas, e destaca o aumento nos preços dos tecidos como chita e tactel.
No bairro do Guamá, Lina Borges, que segue o legado da mãe na profissão há 33 anos, está produzindo cerca de 100 peças juninas. Ela trabalha até de madrugada para cumprir os prazos e espera um aumento de 50% na renda. Lina também observou a alta nos preços dos tecidos, como chitão e oxford, mas ressalta a compreensão dos clientes e a satisfação em ver suas criações nas apresentações.
Ana Lobato, outra costureira do Guamá com 20 anos de experiência, produz mais de 80 peças nessa temporada, trabalhando até altas horas para atender a demanda. Ela destaca a diversidade de modelos e o aumento nos custos dos materiais, como a chita, que subiu de R$ 12 para R$ 15 o metro. Apesar dos desafios, as costureiras veem nas festas juninas uma oportunidade valiosa de incrementar sua renda.