Na última segunda-feira (23 de junho de 2025), o governo federal anunciou um corte significativo de R$ 445,1 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural para o ano corrente, conforme informações do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). A medida reduz o orçamento inicialmente previsto de R$ 1,06 bilhão para apenas R$ 614,9 milhões, criando uma onda de preocupação entre os stakeholders do agronegócio. A senadora Tereza Cristina (Progressistas-MS), ex-ministra da Agricultura, expressou em redes sociais a gravidade da situação, destacando que a decisão exigirá uma mobilização intensa do setor para enfrentar os desafios que virão.
A motivação para tal redução orçamentária não foi claramente justificada pelo governo, mas especialistas acreditam que esteja ligada às necessidades de ajuste fiscal em um contexto de crise econômica. A medida foi recebida com críticas por parte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que classificou o corte como um abandono dos produtores rurais. Segundo a FPA, sem a subvenção, a contratação de seguros torna-se praticamente inviável, aumentando os riscos no campo. Este cenário pode levar a um aumento dos juros, a não renegociação de dívidas e, consequentemente, a uma situação de maior vulnerabilidade para os agricultores e pecuaristas brasileiros.
Diante deste cenário, o futuro do agronegócio no Brasil parece incerto. A redução do apoio governamental ao seguro rural pode desencadear uma série de eventos que afetam não só a economia local, mas também a segurança alimentar nacional. Os próximos passos do governo e a resposta do setor agrícola serão cruciais para determinar a resiliência e a capacidade de adaptação dos produtores brasileiros. Enquanto isso, o país observa atentamente, ponderando as implicações de longo prazo de tal decisão no sustento de milhares de famílias que dependem da terra para viver.