Os Correios, uma das principais estatais brasileiras, anunciaram na segunda-feira (12) medidas emergenciais para conter um prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado em 2023, valor três vezes maior que o déficit do ano anterior. As ações incluem suspensão de férias até janeiro de 2025, redução de carga horária com corte proporcional nos salários e prorrogação do Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
Segundo a empresa, a situação financeira exigiu ‘medidas excepcionais’ para garantir a sustentabilidade operacional. A suspensão das férias afetará todos os funcionários, enquanto a redução da jornada de trabalho variará por setor, com impactos estimados entre 10% e 20% nos rendimentos mensais. O PDV, inicialmente previsto para encerrar em junho, terá novo prazo estendido.
O comunicado oficial atribui o déficit recorde à queda na demanda por serviços postais tradicionais e aos custos operacionais elevados. Especialistas ouvidos pela reportagem alertam que as medidas podem gerar tensões trabalhistas, enquanto o governo federal avalia possíveis injecões de capital para reequilibrar as contas da estatal até o final do semestre.