O coronel que firmou acordo de delação premiada será o primeiro a depor nos interrogatórios marcados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe. Os réus, incluindo um ex-presidente e sete aliados, terão a oportunidade de apresentar suas versões perante o relator do caso. As defesas estão preparando estratégias para os interrogatórios, orientando os acusados a serem objetivos e evitarem declarações que possam comprometê-los.
O depoimento do coronel, que colaborou com as investigações, deve seguir o conteúdo já apresentado em sua delação. Segundo fontes, ele pode optar por responder às perguntas do ministro relator, em vez de permanecer em silêncio. As informações fornecidas por ele foram usadas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República para buscar outras provas que ligariam o ex-presidente ao suposto plano.
Outro réu, ex-ministro da Justiça, também deve prestar depoimento, segundo sua defesa, que nega qualquer envolvimento na trama. Testemunhas indicadas por ele já foram ouvidas pelo STF. Os interrogatórios ocorrerão nos próximos dias, com os réus tendo o direito constitucional de permanecer em silêncio para não produzir provas contra si mesmos.